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Vem cá morrer, vem

  • Foto do escritor: Breno Xis
    Breno Xis
  • 17 de nov. de 2019
  • 2 min de leitura

Atualizado: 18 de nov. de 2019


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Na meditação aprende-se a discernir três fenômenos que normalmente se confundem: sensações, sentimentos e emoções. Do ponto de vista do treino da mente, são fenômenos distintos.


Grossíssimo modo, sensações são localizadas e relativamente agudas e rápidas. Sentimentos podem ser vistos parcialmente como a média de todas as sensações. Se há mais sensações notadas como agradáveis o tom geral do sentimento é percebido como agradável.


Emoções são mais complexas, frequentemente envolvendo o tom do sentimento, mais uma forte experiência subjetiva de ser uma tal emoção. De certo modo, as emoções são mais envolventes e frequentemente ativam grande elaboração conceitual autocentrada.


O expediente de discernir claramente os três fenômenos e sua relação com a mente conceitual e o suposto sujeito que parece experimentar esses fenômenos é considerado útil para penetrar o fenômeno da identidade e, portanto, de quem sofre.


Uma confusão comum, elaborada pela teoria da meditação, é uma certa percepção de que esses fenômenos possuem uma identidade fixa. Aquela emoção lá seria inerentemente negativa e, do ponto de vista de quem a experimenta, fundamentalmente indesejável.


Agora vamos mudar um pouco o curso e dar uma passadinha na casa da morte, velha amiga, uma das mais antigas. Sou mesmo um habitué dela, e busco com ela conselhos. Frequentente rogo que me empreste seus olhos. Vamos aqui com eles.


Do ponto de vista da identidade que se identifica como sendo a si as sensações, sentimentos e emoções, e assim por diante, incluindo estados de consciência, só pode haver o que se chama de morte. Pois nenhum desses fenômenos é estável. Então se alguém se percebe como sendo algo que se dissolve, eis a morte.


Essa morte é a morte da identidade baseada naquela confusão. A morte do eu que se percebia como aquela sensação ruim. O nascimento do eu que se percebe como alívio. E assim por diante. Mas nenhum desses estados é o eu. Sendo assim, quem se fixa em eus ilusórios deve passar, isto é, morrer.


Esta é a boa notícia.


* * *


Dificuldade ou interesse em questões relativas à morte e ao morrer? Entre em contato. Vamos conversar.

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imagem do terapeuta breno xis, idealizador da autocuradoria
Breno Xis

Atendo pessoas interessadas em aplicar métodos clássicos de treino da mente para cultivar clareza, sensibilidade e conhecimento.

 

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